Entrevista com Dallas Jenkins, diretor do filme E se…
08/03/2013 18:13 às 18:13
1) Como você teve a ideia do roteiro?
A equipe da Pureflix Entretenimento se inspirou no filme Um homem de família, estrelado por Nicolas Cage, e nos reunimos para discutir a ideia. A história do E se… é uma versão de meu filme favorito de todos os tempos, It’s wonderful life (traduzido para A felicidade não se compra). Assim, percebemos que tínhamos os mesmos pensamentos sobre o que este filme deveria ser. Quando contratamos os roteiristas, Cary e Chuck, eles abraçaram a ideia também, e adoramos trabalhar juntos neste projeto.
2) Qual mensagem você pretendia passar para o público? Acha que atingiu seu objetivo?
Eu queria mostrar o valor da fé e da família, que valem infinitamente mais do que dinheiro e sucesso. E acho que nós mostramos isso bem. Realmente queríamos que as pessoas que assistissem ao filme pensassem: “Levar uma vida em família e seguir a vontade de Deus parecem ótimas escolhas”.
3) Como foi o processo de seleção dos atores?
Essa é uma das melhores partes de se fazer um filme. Kevin Sorbo e eu somos amigos. Eu não tinha pensado necessariamente nele para este longa, mas estávamos conversando pelo telefone certo dia, e ele perguntou no que eu estava trabalhando no momento. Eu contei, e ele disse: “Mostre-me o roteiro”. Ele amou o projeto!
O mais legal da história foi o que aconteceu com John Ratzenberger. Eu me encontrei com ele em uma festa e perguntei se ele consideraria fazer um filme de baixo orçamento. Ele disse que sim, se a história fosse boa. Eu disse: “Bem, gostaria que você encenasse um anjo”. Ele, então, falou: “Uau! Eu estava justamente pensando outro dia que seria incrível ter um papel como Miguel Arcanjo em um filme”. Eu disse: “Isso é ótimo! O nome do anjo é Mike”. Ele disse: “Seria legal se ele começasse a lutar, porque acho que os anjos devem ser durões, não apenas caras legais que tocam harpa nas nuvens”. Eu falei: “Sim, na verdade, ele bate no rosto do personagem principal duas vezes”. Então, John disse: “Bem, agora tenho que ler o roteiro”. Ele me ligou uma semana mais tarde, depois de ler o roteiro, e disse: “Estou dentro! Isso é especial!”.
O mesmo aconteceu com Kristy Swanson. Eu lhe enviei o roteiro apenas uma semana antes das filmagens, através de um amigo em comum. Então, ela me chamou e disse: “Estou na página 25 e já quero fazer esse filme. Eu o amei!”.
4) Você tem preferência em escalar atores cristãos? Ou bons atores de outras religiões também são qualificados para esse tipo de produção?
Eu só quero os melhores atores para cada parte, desde que eles não sejam contra o cristianismo. Não me importa se eles são cristãos. Deus pode usar qualquer um. Na verdade, Kristy Swanson não é cristã, mas, ainda assim, ela teve alguns dos melhores insights e ideias para as partes dela, tornando-as mais orientadas à fé. Algumas ideias dela deixaram as cenas muito mais espirituais e bonitas.
5) Onde o filme foi rodado? E por que a escolha da(s) cidade(s)?
Filmamos em Michigan, por duas razões: uma delas era que tínhamos relações com alguns produtores locais, que nos trouxeram grandes negócios; a outra era que queríamos que este filme fosse rodado em algum lugar no Centro-Oeste, em uma vizinhança comum, como muitas que vocês veem nos EUA. Nós queríamos que ele fosse universal.
6) Qual cena você mais gostou de dirigir? Por quê?
Uma das minhas cenas favoritas é quando o personagem de Kristy Swanson questiona Kevin Sorbo, o marido dela, sobre o comportamento dele. Para chamar sua atenção, ela lhe entrega a Bíblia e pede a ele que leia o capítulo 13 da primeira carta aos Coríntios, que fala sobre o amor. O roteiro original previa que ela lesse essa parte, mas Kristy disse que achava melhor deixar Kevin ler. Nós decidimos não contar para Kevin, que fez a cena ainda mais doce.
7) Sobre os seus próximos projetos, o que podemos esperar?
Agora estou em Chicago trabalhando na Harvest Bible Chapel, onde planejamos fazer um filme a cada dois anos. Meu próximo longa-metragem será sobre um pastor e uma igreja que estão morrendo e como eles se restauram. Além disso, existem algumas discussões iniciais sobre uma continuação de E Se…, mas vamos ver!
Por Raquel Salomão